Eu já fui aquela pessoa que se sente acolhida quando lê um causo materno de outra mãe. Eu adorava encontrar perfis de mães que estavam passando por algo muito semelhante ao que eu estava.
Mas eu sou eu.
E fulana é fulana.
Com todo o pacote incluído.
Quando a fulana conseguia algo que ainda não tinha chegado pra mim, por exemplo: sair sozinha sem filhos, dormir uma noite inteira, etc, eu invejava, não aquela inveja que te empurra pra frente, sabe? Aquela que você pensa, ok, também queria sair sozinha sem filhos: o que precisa ser feito pra eu alcançar esse objetivo? Isso se for possível né, porque a gente consegue de acordo com a fase de vida, padrão social.
Mas não era essa inveja não. Era uma inveja que apontava pra comparação e, consequentemente uma conclusão de que eu não sou, eu não tenho, nunca seria, nunca teria... Fulana é muito melhor do que eu.
A grama do vizinho é mesmo mais verde que a nossa, você sabia? E sério tem pesquisa disso.
Sabe porque? Porque daqui da nossa janela a grama fica mais reluzente, um efeito da luz e da distância, tudo de acordo com nossa própria visão. Ou seja, não é a grama que é mais verde, é que daqui eu não enxergo as imperfeições da grama do vizinho.
Agora chega perto pra ver.
De longe do espelho eu sou a mulher mais linda do planeta. Mas aproximando, putz, tem uns cravos terríveis aqui, olha esses poros.
É isso.
O perfeito só é perfeito de longe. Em verdade o perfeito é pura ilusão de ótica.
E algo me diz que as redes sociais exacerbam muito isso. (AH VA!)
A gente se policia, é um tal de orai e vigiai o tempo todo.
Mas acontece que não dá pra vigiar o tempo todo. A gente se perde, se enrosca nesse labirinto virtual.
Quando vê gastou um dia todo lamentando.
Talvez seja melhor gastar o tempo…
Agradecendo!
Toda noite antes de dormir, nós agradecemos algo. Geralmente as crianças dizem ‘vou agradecer porque’:
“A comida tava muito boa”
“Eu fui na piscina”
“A blusa nova que ganhei”
Mas fiquei surpresa quando eles começaram a agradecer coisas que não tinham acontecido.
Eles agradeceram pelo que ainda nem tiveram, e nem tem garantia nenhuma de ter, como por exemplo:
“Ir no Mc’Donalds”
“Viajar pra Disney”
Eles acreditam que esses desejos, pelos quais já são gratos, vão se realizar, cedo ou tarde.
A mim resta agradecer por tê-los em minha vida.
Fabricação de supostos gênios desafia atuação dos críticos
Inveja de quem já leu a grande maioria dos clássicos, porque eu, meus amigos, eu tô atrasada e certamente vou morrer sem terminar minha listinha. Mas enfim, um filme bem legal, baseado na obra de F-Scott Fitzgerald, que eu ainda não li: O Grande Gatsby.
As narrativas de quem cuida: escrevendo você é nossa nova oficina pra Unifesp, gratuita e online. Falta pouquíssimo pra esgotar as vagas, então se você quer muito participar, acho que é sua última chance! Inscreva-se aqui.
Vejo vocês em maio.
Com carinho,
Fê
precisava muito ouvir sobre a grama do vizinho hoje! obrigada, falou demais comigo. :')
Sem contar que geralmente as pessoas só falam do pedaço da grama cortadinha e bem cuidada, as vezes o resto do jardim está um caos, mas quem quer saber dos perrengues né?